A propósito da Reforma Protestante.

Data publicação 06/12/2017
“Pela graça sois salvos por meio da fé” (Ef. 2:8-9).
 
 
No século XVI, a Igreja Católica Romana tinha poder total. Ela batizava as crianças, instruía os jovens, casava os adultos e enterrava os mortos. Ouvia a confissão de homens e mulheres. Tinha terra e ouro. Os sistemas: educacional, econômico e político, estavam sob o seu controle.
 
O poder tende a corromper. O poder total corrompe totalmente. A igreja conquistou o poder, o abraçou, perverteu-se. Esqueceu o primeiro amor.  A visão espiritual transformou-se em cegueira. Ganhou o mundo inteiro, mas perdeu a sua alma.  
 
A Igreja de Roma reduziu o metafísico à simples coisa material. Deu status de transcendente àquilo que era apenas uma coisa física, imanente. Inversão total.
 
A busca pela verdade por parte dos reformadores produziu rachaduras inimagináveis na Igreja. A expansão incontrolável do fenômeno - A Reforma Prostestante - até hoje se faz sentir. Os ecos do martelo afixando notas de protesto, nas portas da Igreja do Castelo de Wittenberg, Alemanha,  continuam a ecoar. São mais de 30 mil novas igrejas isótropas. Cada uma sente-se no direito de fundar a sua própria Eclésia.
 
Ao invés de procurar a verdade do texto, procura-se um texto para a verdade de cada um. Assim, as igrejas se multiplicam. Parece haver uma diluição para o consumo rápido. Perda de intensidade e densidade. 
 
Até quando o que nos separa será mais forte do que aquilo que nos une? Como reconciliar ortodoxia e tolerância? Como percorrer a estrada que vai do conflito para a comunhão? Como precisamos de graça! Como precisamos de fé!
 
 Pastor. Washington Roberto Nascimento.