Quebrando o silêncio

Data publicação 06/12/2017
Tudo neste mundo tem o seu tempo. Cada coisa tem a sua ocasião. Há tempo de calar e tempo de quebrar o silêncio (Ec. 3:1, 7).
Ao longo da história as trevas têm tentado apagar a luz; as vozes do mundo têm buscado silenciar o céu.
 
O totalitarismo pensa ter o controle de tudo e de todos. E, ao longo da história, procura calar a qualquer um que pense e fale de maneira diferente.  
 
Faraó pensa ter a última palavra. César acredita ser o Senhor. Pilatos imagina ter o poder. Impérios militares, econômicos e religiosos, impõe o silêncio com violência física e psicológica.
 
Eles dizem aos discípulos de Jesus para não pregar e nem ensinar coisa alguma a respeito dele (At. 4:18-20). Ao cego de Jericó que clama por Jesus, eles repreendem (Lc. 18:35-43). As crianças e os discípulos irritam as autoridades cantando: Hosana ao filho de Davi, bendito o rei que vem em nome do Senhor (Mt. 21:15-16; Lc. 19:28-44).
 
Calem. Façam silêncio. Eis a voz do totalitarismo.  Há momentos em que o silêncio precisa ser quebrado. Não podemos deixar de falar do que temos visto e ouvido. Filho de Davi, tem misericórdia de mim!  Se fizermos silêncio as próprias pedras clamarão.
 
A tragédia maior não será a maldade dos ímpios, mas o silêncio vergonhoso dos que amam o bem. Quão bom seria caso em uma só voz quebrássemos o silêncio! Por amor ao Senhor eu não me calarei.
 
Pastor. Washington Roberto Nascimento.