Esboço e Breve Reflexão
Tema do Livro
1. O Evangelho segundo Mateus apresenta Jesus como, o filho de Abraão e o filho de Davi, o Rei dos Judeus (Mateus 1:1).
2. Para defender a sua ideia, o escritor apresenta várias citações do Antigo Testamento (Mateus 1:23; Isaías 7:14), mais de 60 citações.
A autoria
3. Escritores como Papias (140 A.D) e Eusebius (323 A.D), citam Mateus como o autor deste primeiro Evangelho.
Data
1. Expressões como a de Mateus 27:8 e 28:15: “Até este dia”, ou “até ao dia de hoje”, indicam que o evento ocorreu antes do escrito.
2. Os eventos descritos no livro sugerem que ele foi escrito antes da destruição do templo no ano 70 A.D., pois o autor não sugere que tal destruição houvesse ocorrido.
Notas Gerais
1. Entre o último livro do Antigo Testamento e Mateus, ou seja, Jesus, temos cerca de 400 anos.
2. Este período entre Jesus e Malaquias (e/ou Neemias), temos o período do silêncio. Durante este tempo nenhum profeta falou ou escreveu.
3.Foi neste período entre o Antigo Testamento e o Novo Testamento que surgiu a LXX - Septuaginta - A tradução para o grego do Antigo Testamento em hebraico . תַּנַךְ - (lê-se: thanarr - תנך -). Esta foi uma das mais importantes obras neste perído intertestamentário que influenciou grandemente o texto grego do Novo Testamento
4. A língua falada neste tempo era o Grego por causa do Helenismo. Daí a razão do Novo Testamento ter sido escrito em Grego.
5. As sinagogas espalhadas por todo o mundo teve sua razão de ser com a diáspora, ou dispersão dos Judeus por todo o mundo, e começou em 722 a. C., com a invasão do Reino do Norte pelos Assírios (II Reis 17:6...).
6. As sinagogas foram muito importantes no tempo do Novo Testamento para difusão do Evangelho de Jesus Cristo. O apóstolo Paulo sempre procurava uma sinagoga para anunciar o Evangelho de Jesus Cristo antes de ir aos gentios.
7. Muitos acreditam que o profeta Ezequiel tenha sido o fundador da sinagoga (Ezequiel 14:1), e que se tornou tão popular no tempo Novo Testamento.
8. Ela, a diáspora, continuou quando os Babilônios invadiram o Reino do Sul (ou Judá) em 586 a. C, e muitos foram levados para Babilônia (II Reis 25:8-12) inclusive o profeta Ezequiel.
9. Várias guerras aconteceram na Palestina envolvendo Gregos e Romanos o que, também, contribuiu para a diáspora.
10. O resultado da diáspora foi que, no tempo do Novo Testamento, muitos judeus viviam fora da Palestina.
11. Assim sendo, a diáspora permitiu que o apóstolo Paulo encontra-se nas cidades visitadas por ele, em suas viagens missionárias, sinagogas judaicas onde ele se reunia para pregar o Evangelho e anunciar o Messias Jesus (Atos 14;1; 17:1, 10; 18:4).
12. Temos quatro evangelhos no Novo Testamento, são quatro testemunhos diferentes, porém, não conflitantes sobre a pessoa de Jesus. Daí a expressão: Evangelho Segundo...”.
13. A palavra Evangelho - εὐαγγέλιον - (lê-se: euangélion) - no texto grego, significa: Boas Novas, Boas Notícias - também aponta para um estilo literário.
No Novo Testamento temos diferentes estilos literários: Evangelho, História, Cartas e Apocalipse.
14. Os três primeiros evangelhos: Mateus, Marcos e Lucas são chamados de evangelhos sinópticos, porque apresentam uma visão em conjunto, coletiva de Jesus. Mas João apresenta uma visão distinta.
15. Havia quatro tipos de pessoas no tempo de Jesus:
15.1. O Judeu, para quem o evangelho de Mateus foi escrito.
15.2. O Romano, para quem o Evangelho de Marcos foi escrito.
15.3. O Grego, para quem o Evangelho de Lucas foi escrito.
15.4. E as pessoas comuns, todas as outras pessoas, para quem o Evangelho de João foi escrito.
16. Jesus é apresentado por Mateus como o prometido do Antigo Testamento, o Messias, o Filho de Davi e o Filho de Abraão, através:
16.1. Da genealogia,
16.2. Do nascimento,
16.3. Do batismo,
16.4. Do ensino,
16.5. Milagres,
16.6. Morte,
16.7. Ressurreição,
16.8. Ascensão.
17. Mateus 16:15-19 é o texto chave deste livro.
“Disse-lhes ele: E vós, quem dizeis que eu sou?”
“E Simão Pedro, respondendo, disse: Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo.”
“E Jesus, respondendo, disse-lhe: Bem-aventurado és tu, Simão Barjonas, porque to não revelou a carne e o sangue, mas meu Pai, que está nos céus.”
“Pois também eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela.”
“E eu te darei as chaves do reino dos céus; e tudo o que ligares na terra será ligado nos céus, e tudo o que desligares na terra será desligado nos céus.”
Pastor Washington Roberto Nascimento
Uma breve introdução ao Evangelho de Mateus
Pastor Washington Roberto Nascimento
As palavras iniciais do Evangelho de Mateus: Livro da geração de Jesus Cristo, Filho de Davi, Filho de Abraão - mostram que este livro foi escrito por um judeu, para leitores judeus e com o propósito de mostrar que Jesus é o Messias esperado pela nação de Israel e o prometido por Deus nas páginas da Bíblia dos Judeus e da Bíblia da Igreja Primitiva, o Antigo Testamento.
O Evangelista Mateus, que foi apóstolo de Jesus, faz questão de deixar claro que a genealogia que se segue tem como propósito mostrar de forma categórica que Jesus é o filho do pai da nação: Abraão e o filho do Rei de Israel, o homem segundo o coração de Deus: Davi.
Mateus quer mostrar aos seus leitores que as promessas feitas a Abraão e a Davi se cumprem em Jesus. Nele, através dele, todas as famílias da terra são abençoadas e o Seu reino nunca terá fim.
Este livro foi escrito por volta do ano 60 d.C, neste tempo a maioria dos crentes era de judeus. E, por isso, acredita-se que este livro foi escrito originalmente em Hebraico, e isso é dito por Papias, um líder da Igreja em Hierápolis, no ano de 140 d.C, que ficava cerca de 22 km de Laodiceia, hoje território da Turquia.
Dos quatro evangelhos, Mateus é o que mais cita o Antigo Testamento.
O ensino de Jesus tem um lugar especial neste livro: O sermão da Montanha (Mt. 5-7); uma coleção de diferentes parábolas (Mt. 13); o tema do julgamento ou o juízo de Deus (Mt. 23-25).
Depois de séculos de silêncio, a voz de Deus se fez ouvir. Primeiro o precursor, João Batista, falou em nome do Senhor. Depois, Jesus, o Filho de Deus, proclamou as Boas Novas do Evangelho, a Nova Aliança, a fundação de Sua Igreja vitoriosa.
Depois de vencer a morte, antes subir aos céus, Jesus disse a sua Igreja, isto é, a nós, a todos nós: Estarei com vocês todos dias até o fim. Vocês nunca estarão sozinhos. Que promessa terna! Que amor maravilhoso!
Que bom saber que você e eu não estamos sozinhos em nossa missão, que é a continuação da missão dele, fazer discípulos de todas as nações e batizar em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, e ensinar as pessoas a guardarem, isto é, a viverem os ensinos de Jesus.
Que honra! Que responsabilidade! Que alegria! Um forte abraço.
Pastor Washington Roberto Nascimento