A Páscoa do Senhor
“Vocês deverão fazer a refeição vestidos como se estivessem prontos para sair, com sandálias nos pés e cajado na mão. Comam depressa: É a Páscoa do Senhor” (Êxodo 12:11).
A páscoa fala da festa da liberdade. Ela é instituída e celebrada com fé num Deus que cumpriria a sua promessa em favor de todos os oprimidos. Algo que ainda não existia de fato. Na terra da escravidão, diante dos opressores, o povo de Deus vivia a esperança de possuírem aquilo com que sonhavam: a libertação.
Mas a liberdade não estava do outro lado do mar. O povo do Senhor precisa enfrentar um deserto hostil. Há fome e sede ao longo da grande marcha. Desprovido de socorro humano, o povo tem a oportunidade do encontro a sós com Deus.
O encontro com o Senhor é algo difícil e raro. Requer renuncia. Dizer não para si mesmo. Mas o povo de Deus se recusa e se revolta contra o Eterno. A peregrinação neste mundo é como a marcha no deserto. É o tempo da tentação.
Só com o Pão do Céu e com a Água da Rocha (I Corintios 10:3,4; João 6:32-35; 4:14) é que não tombaremos ao solo do deserto. Este lugar é cheio de ambigüidades. Nele podemos encontrar com Deus. Isto, porém, pode ultrapassar as nossas forças, pois se requer confiar apenas nEle, depender inteiramente dEle na batalha contra os inimigos.
A Páscoa do Senhor é Jesus. Ele é o pão e água para vencermos as más condições ao longo do deserto. Ele é o cordeiro de Deus cuja carne (ensinos – João 6:53) nos sustenta. O sangue que limpa. Suas propriedades são inexplicáveis.
Todo o ano e o ano todo, devemos celebrar a Páscoa do Senhor. Nossa relação com Ele não está subordinada a um calendário religioso. Com fé já desfrutamos da libertação a nós outorgada. Com esperança por ela marchamos todos os dias e o dia todo.
Pastor Washington Roberto Nascimento.