Acolher o Outro

Data publicação 17/04/2013

 

Acolher  o Outro

“Porque se meu pai e minha mãe me desampararem, o Senhor me acolherá” (Salmo 27:10).

 

O Eterno é um porto seguro para aqueles que já não podem contar com ajuda de pai ou mãe. Ser abandonado pelos pais, pela família, é algo seríssimo e muito triste.

O Novo Testamento conta a história de um homem que, depois de ter sido curado por Jesus, é descartado por seus pais e expulso do meio onde vivia:

“Não acreditaram os judeus que ele fora cego e que agora via, enquanto não lhe chamaram os pais e os interrogaram: É este o vosso filho, de quem dizeis que nasceu cego? Como, pois, vê agora? Então os pais responderam: Sabemos que é nosso filho, e que nasceu cego, mas não sabemos como vê agora, ou quem lhe abriu os olhos também não sabemos. Perguntai a ele, idade tem, falará de si mesmo. Isto disseram seus pais porque estavam com medo dos judeus...Então chamaram pela segunda vez o homem que fora cego...e o expulsaram” (João 9:18-34).

O salmista, semelhante ao homem da história do Novo Testamento, é destemido. Ele não teme exército, nacional ou estrangeiro; nem mesmo o desprezo de quem ele tanto ama: seu pai e sua mãe, seus aliados naturais.

“Ainda que um exército se acampe contra mim, não temerei” (Salmo 27:3).

O escritor bíblico está certo de ser acolhido pelo Senhor. Que venham, então, as adversidades, pois “o Eterno me ocultará em seu pavilhão, me acolherá no seu tabernáculo” (Salmo 27:5).

A forma como Deus acolhe o homem é o modelo de como devemos e precisamos acolher o próximo.

Acolher o outro é fazer no seu íntimo um lugar seguro onde a pessoa possa estar. Acolher é abrir a porta do coração e franquear a entrada daquele que tem necessidades que precisam ser supridas para que nasça a vida, a alegria, a felicidade.

No acolhimento do outro nasce uma relação eu-tu, diferente, totalmente diversa, da relação eu-coisa, onde não há lugar para fraudes, manipulação, exploração, aniquilamento. Eis o que Deus nos ensina quando nos acolhe.

No mundo há milhões de pessoas precisando ter a experiência do salmista, e como elas seriam diferentes caso fossem, também, acolhidas em nossas Igrejas, lares e corações, em nome daquele que, com tanto amor, acolheu você e a mim.

 

Pastor Washington Roberto Nascimento.