Uma vida sem Deus, sem os Seus valores revelados nas páginas da Bíblia, é a causa de toda a nossa miséria espiritual, moral e social.
Todos os anos celebramos o aniversário do Deus que se fez criança para introduzir entre os homens e em seus corações o Seu Reino.
Todos os anos celebramos o aniversário de Sua Igreja, que deveria refletir a Luz de Seu Reino aqui na terra em milhares de cidades e vilarejos.
Como o mundo seria diferente caso tais celebrações acontecessem em nosso dia-a-dia, e não apenas em um dia de um calendário religioso de um templo! Quem sabe, assim, conseguiríamos se não erradicar a mesquinharia, o egoísmo, a avareza, o orgulho, a intolerância, a inveja e a vaidade do coração dos homens, que todos os males causam; poderíamos, pelo menos, amenizar, e em muito, todos os nossos infortúnios.
À luz da cosmologia, da astronomia, aprendemos no passado que a terra era o centro do universo e que o sol e todos os outros planetas giravam em torno dela, era o geocentrismo (Claudius Ptolomeu). Hoje sabemos que somos apenas um grãozinho de areia no universo. Quanta humilhação! Mas isso não nos fez cair do cavalo.
À luz do reino animal somos, biologicamente falando, apenas um produto de um processo evolutivo longo, e que penosamente aquiesceu à noosfera de acordo com Teilhard de Chardin. Que achincalhamento!
À luz da neurologia e da psicanálise sobrevive em nossa psique o animal que somos: violento e insensível. O consciente ainda é subjulgado pelo subconsciente pessoal e coletivo. Não há apenas indivíduos tresloucados, mas sociedades inteiras (Joseph Campbell). A consciência ainda se encontra em um processo evolutivo, longo e doloroso. A supremacia da consciência encontra-se, ainda, vencida pelo inconsciente (Freud, Jung, Lacan). “O bem que quero fazer, não faço, mas o mal que não quero fazer, esse eu continuo fazendo. Miserável homem que eu sou!” (Rm. 7:19-24).
À luz da filosofia, desde os tempos mais remotos, até os dias de hoje, passando pelos gregos da antiguidade, os renascentistas e iluministas, o homem acreditou-se ser perfeito. Ser Deus. Quis mais do que pode. Matou Deus. Descartou-o (Nietzsche). Quanta petulância!
O Reino de Deus, que Jesus trouxe aos homens e deixou à Sua Igreja a missão de proclamá-lo, é o verdadeiro bem do homem, o seu único tesouro.
Nem o reino da cosmologia, nem o da biologia, nem o da neurologia, psicologia e psicanálise, nem o reino da filosofia ou qualquer outro, é o Reino de Deus. O reino humano é, em última análise, o reino do Enganador. Diante de Deus, é rebelde. Em relação ao próximo, explorador.
No Reino de Deus ensinado por Jesus Cristo, o maior será servo de todos, e o cumprimento da lei, é o amor. Eis o motivo de nossa celebração, eis a nossa esperança: O Reino de Deus chegou!
Pastor Washington Roberto Nascimento.