Um novo começo, eis o assunto em pauta no capítulo 8 do Livro de Gênesis. Deus se lembrou de Noé (Gn. 8:1). Depois do dilúvio, da destruição, Noé, certamente, encontrava-se pessimista. Em meio a tanta chuva e água, possivelmente Noé pensava que Deus o havia esquecido. Ele havia perdido tudo. Não tinha ideia de onde iria parar e começar a vida novamente.
Depois de uma experiência traumática muitos perdem a vontade de viver e a esperança. Foi assim com Moisés: “Por que fizeste mal a mim?” (Número 11:11). Foi assim com Elias: “Já basta, Senhor. Toma agora a minha vida” (I Reis 19:4). Foi assim com Jeremias: “Iludiste-me, ó Senhor, e iludido fiquei” (Jeremias 20:7). O próprio Jesus, na cruz, disse: “Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?” (Mateus 27:46).
Na ânsia de chegar ao fim daquela experiência, Noé fez uso de duas aves que ele possuía: um corvo, que representava a velha natureza, que se satisfaz com as coisas mortas do mundo sob julgamento, e a pomba que representava a nova natureza, e que encontra alegria nas coisas da nova criação de Deus.
A pomba trouxe para Noé uma folha de oliveira em seu bico (Gn. 8:11). Esta folha fala de uma árvore fonte de comida, luz, higiene, cura, oxigênio e madeira. Ela serve para construção de casa e móveis. Esta árvore é símbolo de beleza. Ela dá sombra para homens e animais. Dela temos o azeite para alimento do corpo e para a unção de Deus. Ela cresce em diferentes solos e demanda pouca água. Requer pouco e produz muito. Em síntese, a folha de oliveira era símbolo de vida.
Jesus costumava orar no Monte das Oliveiras também conhecido como Getsêmane, que em hebraico significa um lagar de azeite, onde o fruto da oliveira era espremido, assim como aconteceu com Jesus. A Oliveira de Deus. Fonte de Vida.
Noé, ao sair da arca, edifica um altar ao Senhor que está sempre pronto a nos abençoar e a nos ajudar a começar tudo de novo.
Pr. Washington Roberto Nascimento.