Vamos construir uma cidade, uma torre que alcance os céus
“Então desceu o Senhor para ver a cidade e a torre que os filhos dos homens edificavam” (Gn. 11:4).
Os líderes mundiais estão construindo uma civilização com promessas de alcançar o céu. Os ajustes, os aumentos da tributação, o corte nos benefícios de trabalhadores e aposentados, o pagamento dos juros para garantir os lucros do sistema financeiro, eis o discurso de todo o mundo globalizado.
Todos falam uma mesma língua para a construção da torre de Babel. Tudo isto se tornou mais importante que alimentar os pobres e famintos, dar-lhes escola, saúde e moradia, tratamento de esgoto e água. Eis o que as pessoas precisam. Eis o que poderíamos chamar de cidadania. Não podemos confundi-la com aumento de consumo, como tem acontecido, sob pena de produzirmos apenas ilusão e engano.
Precisamos mais do que crédito ou dinheiro para comprar carro e eletro domésticos. Precisamos de educação, saúde, segurança e transporte de qualidade.
O que adianta carro na rua se em nossa casa falta água e esgoto tratados, e nas escolas de nossas crianças não há educação com qualidade? Parece que há uma grande inversão de valores. Estamos numa embarcação sem rumo. Estamos perdidos.
O Senhor, ainda hoje, se preocupa com que os homens estão construindo. Ele desce e ele não aprova o que vê. Ele questiona a qualidade deste progresso humano, destes avanços, desta estrutura financeira e fiscal que gera confusão e morte, ao invés de ordem e vida, tanto a nível nacional quanto a nível mundial.
As pessoas mudam. Algumas, infelizmente, mudam para pior. Esquecem os ideais, os sonhos, os valores tão nobres que os faziam lutar por justiça, alegria e paz. Agora lutam por poder, para enriquecerem-se; não para servir ao próximo, mas para enganá-lo e explorá-lo.
A construção de uma civilização, da nova humanidade, de uma nova ordem social, política e econômica requer mais do que simplesmente tijolos, matéria.
O que falta para que todos vivam com dignidade não é terra, recurso financeiro, alimento. Isto há tanto aqui quanto no mundo. É preciso algo transcendente, metafísico, o Espírito do Senhor, o próprio Deus. Só com Ele podemos edificar uma cidade feliz, cuja torre alcance os céus. Precisamos falar uma mesma língua, não a dos economistas e líderes mundiais, aquela da torre de Babel; mas a língua do Espírito Santo, a língua da solidariedade, do altruísmo, do amor.
Pr. Washington Roberto Nascimento.