“E disse Jacó ao Senhor: não te deixarei” (Gênesis 32:26).
Minha mãe tem sofrido do mal de Alzheimer. Por causa disto, creio, tenho lido muita coisa sobre esta enfermidade.
Neste mês a revista “Science” publicou um estudo esperançoso de neurocientistas da Escola de Medicina da Universidade Case Western Reserve, nos EUA, para os pacientes que sofrem por causa desta enfermidade.
A droga, o bexaroteno, usada experimentalmente em camundongos, pode recobrar as perdas cognitivas e de memória provocadas pela doença.
Há milhões de enfermos de Alzheimer no Brasil. Os dados aqui, infelizmente, não são muito precisos. Mas só nos EUA há quase seis milhões de pacientes com esta doença.
Li, dias atrás, sobre um homem que tinha mal de Alzheimer. Ele havia se esquecido de tudo, até mesmo da relação pai e filho. Na casa onde ele passou os seus últimos dias, seu filho deixava em seu quarto uma escrivaninha com a velha Bíblia de seu pai. Todos os dias o homem enfermo sentava em sua mesa para orar diante da Palavra de Deus. Ele havia se esquecido de tudo, até mesmo do nome de seu filho que dele cuidava e de sua relação com ele. Porém ele não se esqueceu, mesmo na enfermidade, de seu Deus e de como falar com Ele todos os dias.
Esse homem enfermo morreu. Em seu sepultamento todos os parentes e amigos contaram sobre os dias em que aquele homem viveu antes de adoecer. De como ele era. O que ele fazia. E assim por diante. Ninguém falou sobre sua vida depois da enfermidade.
Mas para mim a grande lição que ele deixou para nós foi durante a sua enfermidade. Ele se esqueceu de tudo, menos daquilo que é mais importante em nossa vida: Deus. Ele se agarrou ao Senhor e não o deixou ir. Tudo se foi de sua memória menos o Eterno, menos o desejo de orar ao Todo-Poderoso.
Quando temos saúde, muitas vezes, lembramos de tudo, menos daquilo que nunca deveríamos esquecer: Deus. Como seria bom se aprendêssemos a lição daquele homem que sofria do Mal de Alzheimer. Ele se agarrou ao Eterno. Não o deixou ir. Preferiu partir com Ele.
Pastor Washington Roberto Nascimento.